
Terceira cidade do país será entregue a líderes tribais, disse vice-ministro.
Tomada pelos rebeldes, ela está cercada por forças leais ao ditador líbio.
As tropas leais ao ditador Muammar Kadhafi vão abandonar a cidade rebelde de Misrata, no oeste do país, e entregá-la às tribos da região, que terão a missão de acabar com o conflito, por negociação ou pela força, declarou nesta sexta-feira (22) o vice-ministro líbio das Relações Exteriores, Khaled Kaim.
"A situação em Misrata será resolvida pelas tribos em torno da cidade e por seus habitantes, e não pelo exército líbio (...). O exército líbio ficará à margem da situação", disse.
"Vamos encarregar as tribos em torno de Misrata e a população da cidade de resolver a situação, utilizando a força ou as negociações", disse Khaled Kaim.
Os rebeldes que combatem o regime de Kadhafi e a Otan, que chefia uma ofensiva aérea para proteger civis no país, não comentaram imediatamente a declaração.
A cidade de Misrata, terceira maior do país em guerra, foi tomada pelos rebeldes líbios logo no começo da rebelião contra Kadhafi, e vem sendo alvo de pesado bombardeios das forças governistas.
O porta-voz do governo da Líbia, Mussa Ibrahim, disse na quinta-feira que a Líbia começou a armar e treinar as tribos ao redor de Misrata.
Autoridades líbias disseram controlar 80% da cidade, mas os rebeldes declararam na sexta-feira terem tomado vários edifícios centrais das forças governamentais.
Centenas de combatentes e civis morreram em Misrata durante o cerco. Rebeldes manifestaram frustração com a operação militar da Otan que eles vêem como muito cautelosa.

Kaim disse que a decisão dos EUA de utilizar aviões teleguiados contra as forças do governo "será mais um crime contra a humanidade cometido pelo governo norte-americano".
Mais ataques
Fortes explosões sacudiram Trípoli na noite desta sexta-feira e na madrugada do sábado, após a capital líbia ser sobrevoada por aviões, constatou a France Presse.
Ao menos três fortes explosões ocorreram por volta das 21h15 (15h15 Brasília) na zona oeste da capital, seguidas minutos depois por várias outras detonações.
Durante a madrugada, novas explosões foram ouvidas na cidade.
Três pessoas morreram em um ataque aéreo da Otan que atingiu um estacionamento próximo ao complexo de Kadhafi no centro de Trípoli, disse um porta-voz do governo da Líbia. Mussa Ibrahim disse que o local foi atingido por uma "explosão muito poderosa".
A Otan não confirmou ainda a informação.
A agência líbia Jana informou que aviões da Otan atacaram a região de Zenten, a 150 km a sudoeste da capital, onde as tropas de Kadhafi combatem rebeldes que controlam várias localidades.
"Instalações civis na região de Zenten foram alvo esta noite de ataques aéreos do agressor colonialista cruzado que mataram duas pessoas" e deixaram três feridos.
Os habitantes de Zenten relatam há dias um agravamento dos combates na região, onde as forças de Kadhafi, estacionadas no vale, tentam cortar o acesso a várias localidades desta zona montanhosa controlada pelos rebeldes.
O território em disputa se estende por mais de 150 km entre Yefren, a leste, e Nalut, a oeste, onde os rebeldes líbios tomaram na véspera um dos principais postos de fronteira entre a Líbia e a Tunísia.
1 comentários:
Opa amigo!
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